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A presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, emitiu uma nota de solidariedade ao povo venezuelano na passada sexta-feira (30 de Junho), perante a intensificação da tentativa golpista no país e à inflamada retórica imperialista contra a Venezuela. Socorro Gomes reafirmou o apoio do CMP à defesa da soberania nacional e à resistência contra a ingerência estrangeira, que tem apoiado e promovido os avanços das forças reacionárias no país, culminando nos recentes ataques a dois edifícios governamentais, a 27 de Junho.

Declaração de Socorro Gomes:

Contra a ingerência, a agressão e o golpe na Venezuela!
Voltamos a denunciar a campanha de desestabilização e criação de caos contra a República Bolivariana da Venezuela, uma campanha que, no dia 27 de junho, culminou com os ataques contra a sede do Supremo Tribunal de Justiça e a sede do Ministério do Interior, Justiça e Paz, na capital, Caracas.
Nos ataques, de acordo com as autoridades venezuelanas, um helicóptero furtado da base aérea de La Carlota efetuou 15 disparos nas proximidades do Ministério e depois lançou quatro bombas lacrimogêneas contra o Tribunal, numa demonstração de covardia com atos verdadeiramente terroristas. Entretanto, saudamos a disposição do governo venezuelano em deter as tentativas destas forças violentas de fazer eclodir uma guerra civil no país. São estas as forças que o imperialismo estadunidense defende a pretexto de “promover a democracia”.
O Conselho Mundial da Paz soma-se a todas as forças que defendem a soberania das nações em resistência contra a política de ingerência, ameaça e agressões em que se baseia a política externa dos EUA e de seus aliados ou lacaios. Na América Latina, esta política traduz-se cada vez mais na militarização da região e no apoio oferecido pela potência imperialista às forças mais reacionárias da direita fascista a antipatriótica, que não mede esforços para tomar o poder, ainda que suas ações custem as vidas de compatriotas, a desestabilização e a entrega de seus países ao domínio estrangeiro.
A promoção dos golpes de Estado, seja à força ou fantasiados de processos jurídicos, é evidentemente uma tática do imperialismo para voltar a controlar a região, insatisfeito com o processo de construção da independência, um processo em que a República Bolivariana da Venezuela desempenha um papel central. Em face da valente resistência do povo venezuelano contra a ingerência e as ameaças estadunidenses, as forças reacionárias voltam a usar o recurso da guerra econômica e midiática, das tentativas de golpe de Estado e da violência.
Por isso, apoiamos de forma resoluta a determinação do povo venezuelano de seguir governando o seu destino, com a mais recente iniciativa do governo do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte popular, uma forma de democracia participativa desconhecida pelas potências imperialistas que tentam demonizar a Revolução Bolivariana. Reiteramos nossa solidariedade ao povo venezuelano e às forças da paz no país, como o Comitê de Solidariedade Internacional (COSI), membro do CMP.
Alertas contra a tentativa de golpe de Estado, apoiamos o direito do povo venezuelano à defesa da sua independência na busca por um processo pacífico e soberano que construa a saída para a crise no país.

Socorro Gomes,
Presidente do Conselho Mundial da Paz