Sessão | O perigo das armas nucleares | Coimbra
No dia 27 de Julho de 2022, o Conselho Português para a Paz e Cooperação recebeu na Casa da Paz, em Lisboa, o senhor Omar Mih, Representante da Frente POLISARIO em
Portugal.
Na reunião, em que participaram Ilda Figueiredo e Julie Neves, da DN do CPPC, foram abordados aspectos da questão do Sahara Ocidental, que tem estado na agenda da Comissão das Nações Unidas sobre Questões Políticas Especiais e Descolonização desde 1966.
Foi dado especial destaque à situação da população saharaui que tem estado sujeita à ocupação, a uma repressão feroz e a violações dos direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental por parte do Reino de Marrocos, enquanto várias centenas de milhares de saharauis são obrigados a viver em campos de refugiados no deserto argelino perto de Tindouf, em condições extremamente difíceis.
Continua por concretizar o plano de paz das Nações Unidas que prevê a celebração de um
referendo de autodeterminação.
Como foi salientado, o Sahara Ocidental é, de facto, o último país africano que ainda não
completou o processo de descolonização. No entanto, o referendo, mais de 20 anos após o cessar-fogo ter sido declarado (1991), ainda não pôde realizar-se, devido principalmente à intransigência marroquina.
As dirigentes do CPPC deram a conhecer algumas das recentes iniciativas de solidariedade com o povo saharauí e manifestaram a disponibilidade do CPPC em continuar a desenvolver esta solidariedade com novas iniciativas.
O dia 26 de julho tem uma importância fundamental para Cuba e o povo cubano.
Foi no dia 26 de julho de 1953 que se verificou a primeira tentativa de derrube da ditadura de Fulgencio Baptista, com o assalto ao quartel-general Moncada, em Santiago de Cuba – data que está na origem do nome “Movimento 26 de Julho”, que foi criado pelos revolucionários cubanos em 1955 – e que, apesar de sem sucesso
imediato, marcou o início da Revolução cubana, que se assinala como o mais profundo processo de transformação social protagonizado por esse país e o seu corajoso e determinado povo.
Nesta ocasião, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reitera a sua solidariedade com Cuba face à ingerência e agressão dos Estados Unidos da América (EUA), que se revelam de forma mais evidente no criminoso bloqueio, imposto há mais de 60 anos, e nas sucessivas operações de desestabilização e campanhas de
mentira e calunia contra Cuba e o seu povo, que continua a resistir, defendendo os seus direitos e soberania, a sua revolução, afirmando que são possíveis alternativas de soberania e de progresso e justiça social.
Como tem sido denunciado, o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA contra Cuba e o seu povo é cruel e ilegal, razão pela qual quase todos os países do mundo, há três décadas, exigem o seu fim, em votações anuais na Assembleia-geral das Nações Unidas.
No entanto, os EUA não só continuam a impor o bloqueio como o agravam, condicionando o desenvolvimento económico e o progresso social de Cuba e atacando os direitos e as condições de vida do seu povo.
Ainda assim, Cuba continua a afirmar-se em setores como a saúde – produzindo as suas próprias vacinas face à pandemia de Covid-19 –, a educação, o desporto ou a cultura, sendo igualmente um exemplo na solidariedade e cooperação com outros povos.
O CPPC expressa a solidariedade com a corajosa luta do povo cubano, exigindo o fim do bloqueio e da desestabilização impostos a Cuba pelos EUA e pugnando pelo cumprimento do direito internacional, incluindo pelo direito soberano de cada povo escolher o seu caminho de desenvolvimento, livre de quaisquer ingerências, pressões externas, e em paz.
Cuba Vencerá!