O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) saúda o 48.º aniversário da Revolução de Abril, um dos mais importantes acontecimentos da história de Portugal.
Nesta data, homenageamos os militares de Abril e todos os homens e mulheres que nas fábricas, nos campos e nas escolas lutaram contra a ditadura, abrindo caminho à revolução, que permitiu dar resposta às justas aspirações do nosso povo que ansiava, há décadas, por uma sociedade de liberdade, justiça, progresso, fraternidade e paz.
A Revolução de Abril foi uma rutura com o regime fascista, determinada pela ação dos militares do MFA a que se seguiu a ação das massas populares, com profundas transformações que eliminaram a estrutura socioeconómica em que assentava a ditadura fascista.
Com Abril foi possível melhorar as condições de vida do povo português, alterar a situação de marginalização da vida política em que viviam os trabalhadores, a juventude, as mulheres e o povo em geral, e pôr fim aos criminosos 13 anos de guerra colonial.
Comemorar Abril é afirmar a democracia e a liberdade e garantir que sejam um elemento integrante e inalienável da sociedade portuguesa.
Comemorar Abril é lutar por uma democracia económica, social e cultural baseada na subordinação do poder económico ao poder político democrático.
Comemorar Abril é defender e consolidar os avanços sociais alcançados, a segurança social pública universal e solidária, o serviço nacional de saúde, a escola pública democrática e de qualidade, o poder local democrático, pilares do Estado democrático consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Entre os muitos milhares de portugueses que lutaram durante 48 anos contra a ditadura fascista, enfrentando perseguições, prisões, torturas ou o exílio, estiveram muitos defensores da paz que levantaram bem alto as bandeiras contra as guerras coloniais que sacrificaram gerações de jovens portugueses, que desenvolveram ação solidária com os povos vítimas do colonialismo, que lutaram pelo desarmamento e pela dissolução da NATO.
O agravamento da tensão e retórica belicista, a corrida aos armamentos, a proliferação de bases militares em território estrangeiro, as contínuas ingerências e chantagens sobre países soberanos, o fomento de guerras de agressão são práticas que põem cada vez mais em risco a paz e a segurança internacionais.
Por isso, o CPPC considera fundamental defender os princípios da Carta das Nações Unidas, o Direito Internacional e a Constituição da República Portuguesa, contribuindo para que os valores de Abril sejam cumpridos, designadamente reconhecendo o direito dos povos à Paz, associando-se, assim, às comemorações populares do 25 de Abril.
Viva o 25 Abril!
Pela Paz, todos não somos demais!