A libertação de Saigão (como então se chamava a atual Cidade de Ho Chi Mihn) com a entrada das forças da Frente de Libertação do Vietname, a 30 de abril de 1975, marca o fim da longa luta do povo vietnamita pela sua libertação nacional e fim da agressão estrangeira.
Desde a década de 40 do século XX, o povo vietnamita enfrentou a ocupação japonesa, o colonialismo francês e a agressão norte-americana, ou seja, a intervenção de poderosas potências económicas e militares, incluindo a mais poderosa do mundo. A todas venceu!
A tenacidade, abnegação, unidade e patriotismo do povo do Vietname revelaram-se mais fortes do que as mais avançadas armas e os mais bem equipados soldados. A vitória consumada em abril de 1975 mostrou que nenhuma força, por mais poderosa e brutal que seja, pode travar um povo que luta pelo seu direito a ser livre e a escolher soberanamente o seu próprio rumo de desenvolvimento.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) assinala que foi há 60 anos, em Agosto de 1961, que os EUA iniciaram a sua cruel e miserável campanha de utilização massiva de armas químicas contra o Vietname.
Dos vários desfoliantes e herbicidas com que os EUA procuraram destruir a floresta vietnamita, o Agente Laranja ficou conhecido pelos efeitos particularmente nocivos e prolongados para a saúde humana – causando várias formas de cancro e malformações até ao presente – e no ambiente.
Passadas seis décadas, os EUA continuam sem reconhecer a sua responsabilidade pelos milhões de vítimas que foram expostos pelos norte-americanos a estes químicos tóxicos, e pelas vastas áreas de território vietnamita ainda hoje contaminadas.
Expressando, uma vez mais, a sua solidariedade para com as vítimas do Agente Laranja, com o povo vietnamita e o Comité de Paz do Vietname, o CPPC não esquece este crime dos EUA, para que nunca mais se repita, e exige que os EUA reconheçam a sua responsabilidade para com as vítimas, nomeadamente através da compensação pelos danos causados.

Uma delegação do Conselho Português para a Paz e Cooperação (Ilda Figueiredo e Julie Neves da Direção Nacional) está presente em Hanoi, no Vietname, por ocasião da realização da XXII Assembleia Mundial da Paz, do Conselho Mundial da Paz, onde participam delegados e convidados de cerca de 60 países.
No passado dia 21 de Novembro teve lugar uma reuniao do Comité Executivo, do qual o CPPC faz parte, onde se discutiram aspetos relativos à organização e trabalhos da Assembleia
Mudial da Paz.
Hoje, dia 22 de Novembro, o dia teve início com uma visita guiada ao mausoléu Ho Chi Min, que foi construído após a sua morte, junto do local onde viveu.
A isto seguiu-se uma apresentação sobre vários dados e números relativos ao desenvolvimento do Vietname, com um momento final de perguntas e respostas.
A tarde foi ocupada com a sessão de abertura da XXII Assembleia da Paz, com intervenções do Presidente do Comité da Paz do Vietname (organização anfitriã), da Presidente e do Secretário Geral do CMP.
Para além disto teve tambem lugar a apresentação dos relatórios das organizações membro das regiões, nomeadamente da região Europa (da qual o CPPC é coordenador), por Ilda Figueiredo, presidente da DN do CPPC.
Os trabalhos da Assembleia Mundial da Paz continuarão ainda nos próximos dois dias (23 e 24 de Novembro).