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Sobre a atribuição do prémio Nobel da Paz à União Europeia

Numa primeira reacção face ao anúncio da atribuição do prémio Nobel da Paz à União Europeia, a Direcção Nacional do CPPC não pode deixar de recordar:
 
- Que ao longo das últimas décadas a União Europeia tem protagonizado um processo de militarização, acelerado desde 1999, após ter tido um papel crucial no violento desmembramento da Jugoslávia e, posteriormente, na brutal agressão militar a este país, culminando com o processo de secessão da Província Sérvia do Kosovo à revelia do direito internacional.
 
- Que desde a Cimeira da NATO realizada em Washington, em 1999, que é atribuído à União Europeia o papel de pilar europeu deste bloco político-militar liderado pelos EUA. Papel que deste então tem vindo a afirmar-se e a reforçar-se, nomeadamente a partir de 2002 e com a aprovação do Tratado de Lisboa. Recorde-se que cerca de 21 países da União Europeia são membros da NATO.
 
- Que ao longo das últimas décadas, a União Europeia tem protagonizado e apoiado todas as agressões militares da NATO e ou dos seus membros contra a soberania e a independência nacional de diferentes Estados, como na Jugoslávia, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia ou agora na Síria, bem como violentos regimes de sanções que atingem duramente os povos de diversos países.
 
- Que União Europeia tem protagonizado posições e acções que contrariando os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas - de respeito da soberania dos Estados e da não ingerência nos seus assuntos internos, antes pelo contrário, promovem uma crescente e incessante militarização das relações internacionais, sendo complacente com a violação de direitos humanos, como se verificou, por exemplo, com os denominados «voos da CIA» - os seus criminosos sequestros e práticas de tortura.

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Saudação do Conselho Português para a Paz e Cooperação aos participantes da Marcha à Rota

Saudação do Conselho Português para a Paz e Cooperação enviada aos participantes da Marcha à Rota, realizada por diversas organizações do movimento da paz, hoje, dia 28 de Outubro, em Espanha
 
 
Companheiros,
 
O Conselho Português para a Paz e Cooperação não poderá participar nesta edição da Marcha à Rota, que se realiza amanhã, domingo, dia 28 de Outubro - ao contrário do que foi habitual em anos anteriores. Realizámos há uma semana a nossa XXIII Assembleia da Paz, seguida de uma Conferência, que estabeleceu um vasto conjunto de desafios aos quais temos que dar a nossa maior atenção, a começar pela reunião da Região Europa do Conselho Mundial da Paz (da qual o CPPC assume a coordenação) que tem lugar em Bruxelas nos próximos dias.
 
Apesar da nossa ausência nesta edição da Marcha, a solidariedade para com as razões que a justificam não só se mantêm como se reforçam.
 
A possibilidade de ser instalado na Base da Rota um dos componentes do “Escudo Antimíssil” dos EUA e NATO – que ameaça desequilibrar por completo o equilíbrio mundial e agravar o sentimento de intranquilidade e a segurança internacional – aumentam as nossas preocupações e tornam agora ainda mais actual a palavra de ordem que tantas e tantas vezes entoámos juntos: NATO Não! Bases Fora!.
 
Desejando os melhores sucessos para esta edição da Marcha à Rota, o CPPC reafirma aquelas que são as suas causas de sempre: o fim das bases militares estrangeiras, a dissolução da NATO, o fim das armas nucleares, a desmilitarização – causas tanto mais urgentes quanto a grave crise social e económica que se abate sobre os nossos dois povos tornam cada vez mais obscenos os elevados e crescentes gastos com armamento e com a participação em agressões a países e povos soberanos.
 


(na fotografia, participação da delegação
portuguesa do movimento da paz, que o CPPC integrou, na Marcha à Rota realizada em Novembro de 2011)

 

Lisboa, 26 de Outubro de 2012.
Pel’A Direcção Nacional do CPPC
Ilda Figueiredo

O CPPC irá participar no "Comboio dos 1000"

O CPPC irá participar no "Comboio dos 1000" (Maio 2012), iniciativa organizada pela URAP, que consiste numa viagem de comboio reunindo mil jovens europeus numa visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A visita será acompanhada por sobreviventes dos campos de concentração e outros resistentes antifascistas, com o objectivo da promoção e defesa dos valores da democracia e da paz.

Informações:
A iniciativa decorre de 4 a 11 de Maio, as inscrições são até final de Janeiro, a taxa de participação é de 300€

Recordar a agressão à Jugoslávia, defender a paz!

 

Há treze anos, a 24 de Março de 1999, tiveram início os bombardeamentos da NATO contra a República Federal da Jugoslávia – a primeira acção de guerra contra um Estado soberano desencadeada no continente europeu após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Depois da farsa que foi «Rambouillet» – onde os EUA procuraram impor inaceitáveis condições à Jugoslávia, como a presença militar da NATO dentro do seu território, ditas «negociações» que, desenrolando-se à margem das Nações Unidas, não representaram mais do que uma manobra para encobrir um inaceitável ultimato à Jugoslávia –, a Administração Norte-americana de Bill Clinton (com Madeleine Albright como Secretária de Estado e Richard Holbrooke como enviado especial para os Balcãs) deu início a uma brutal agressão.
Durante 78 dias, a Jugoslávia foi sistematicamente sujeita aos bombardeamentos da NATO, que deixaram um rasto de morte e de destruição e incontáveis prejuízos materiais e económicos – os alvos militares foram mínimos quando comparados com os que tinham importância para a garantia das condições básicas de vida da população e para a economia do país.

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