Cerca de 20 organizações subscrevem, até ao momento, esta tomada de posição, que continua aberta à subscrição de mais organizações.
Recordar o massacre de Gaza
Por uma Palestina livre e independente!
Por uma paz justa e douradora no Médio Oriente!
A 27 de Dezembro de 2008, o Governo de Israel iniciou uma brutal intervenção militar contra a população palestiniana na Faixa de Gaza, planeada e preparada durante meses. Durante três semanas, até 18 de Janeiro de 2009, os bombardeamentos e a acção das tropas israelitas provocariam mais de 1300 mortos – entre os quais, centenas de crianças – e 5000 feridos palestinianos, assim como a destruição de inúmeras infra-estruturas na Faixa de Gaza.
As tropas israelitas bombardearam e destruíram escolas, hospitais, dezenas de milhar de habitações, instalações da ONU, infra-estruturas básicas, privando deliberada e sistematicamente a população de Gaza – cerca de 1,5 milhões de pessoas –, de energia, de água, de alimentação e de cuidados médicos.
A população palestiniana da Faixa de Gaza vivia, desde Junho de 2007, sob um criminoso bloqueio que, dificultando a entrada de alimentos, água e medicamentos, combustíveis e outros bens de primeira necessidade, assim como o acesso de muitos palestinianos aos seus locais de trabalho, violava os seus mais elementares direitos e a condenava a inaceitáveis condições de vida.
No seu bárbaro ataque, as tropas israelitas utilizaram contra a população palestiniana armas com grande poder de destruição e fósforo branco, o que é proibido por convenções internacionais.
A agressão à população palestiniana na Faixa de Gaza perpetrada por Israel representou uma intencional e sistemática violação dos mais elementares direitos humanos, um autêntico crime contra o povo palestiniano.
Relembrando o massacre perpetrado por Israel contra a população palestiniana na Faixa de Gaza, quando se assinalam três anos sob a sua passagem, as organizações signatárias expressam a sua solidariedade para com a justa causa e inalienáveis direitos do povo palestiniano e afirmam a sua exigência:
- De que este crime não fique impune;
- Do levantamento imediato do desumano bloqueio à população palestiniana da Faixa de Gaza;
- Do reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito da ONU, nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Leste como capital;
- Da interrupção da construção dos colonatos israelitas e do desmantelamento dos existentes;
- Do fim da ocupação israelita dos territórios ilegalmente ocupados da Palestina;
- Do derrube do muro de separação;
- Da libertação das prisões israelitas dos milhares presos políticos palestinianos;
- Do respeito do direito ao regresso dos refugiados.
- Do estabelecimento do Estado da Palestina, nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Leste como capital;
Lisboa, 13 de Dezembro de 2011
As Organizações signatárias:
- A Voz do Operário;
- Associação de Cooperação e Solidariedade entre os Povos;
- Associação de Amizade Portugal-Cuba;
- Associação dos Agricultores do Distrito de Lisboa;
- Associação Iniciativa Jovem;
- Associação Projecto Ruído;
- Colectivo Mumia Abu-Jamal;
- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional;
- Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto;
- Conselho Português para a Paz e Cooperação;
- Ecolojovem - "Os Verdes";
- Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal;
- Federação Nacional dos Professores;
- Interjovem;
- Juventude Comunista Portuguesa;
- Movimento Democrático de Mulheres;
- Os Pioneiros de Portugal;
- Política Operária;
- Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve;
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações;
- União de Resistentes Antifascistas Portugueses;
- União dos Sindicatos de Lisboa;