
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) saúda a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional e as comemorações do 1º de Maio que esta promove por todo o país.
Sublinhando que a paz é essencial para o bem-estar dos povos e o progresso social, o CPPC associa-se e estará presente nas manifestações do 1º de Maio por considerar que são justas as reivindicações que os trabalhadores fazem e a que a CGTP-IN protagoniza, criticando o modelo de baixos salários e precariedade, associado ao desmantelamento do estado social levado a cabo por sucessivos governos, o que tem aumentado a
pobreza de uma franja considerável de portugueses e cavado o fosso das desigualdades.
A situação agravou-se com a pandemia e com a política de sanções associada à guerra, situações que foram e estão a ser sobejamente aproveitadas para acentuar a exploração, desvalorizando salários e atacando direitos dos trabalhadores e dos seus representantes, e agravando o custo de vida, designadamente através da especulação.
Por isso, o CPPC também se associa às reivindicações de medidas que travem a escalada de preços e que reponham o poder de compra das famílias, só possível com o aumento dos salários dos trabalhadores e das pensões dos reformados e pensionistas.
Num contexto de ofensiva ideológica contra os trabalhadores e as suas organizações representativas, é fundamental que se eliminem as normas gravosas da legislação laboral, se promova a negociação colectiva e se garanta o exercício dos direitos, liberdades e garantias, como forma de elevar as condições de trabalho e de vida, nomeadamente através dos salários e de horários regulados, permitindo a conciliação entre o trabalho e a vida familiar e social.
Num momento em que os principais responsáveis pelo negócio da guerra insistem no reforço de verbas para continuar a corrida aos armamentos, o CPPC considera que o mais importante é pôr fim às guerras, dar uma oportunidade à paz, insistir na cooperação e no desenvolvimento, no investimento nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado – entre elas o SNS, a escola pública e a segurança social – como justa resposta às necessidades dos cidadãos e à criação de condições para o progresso social e a paz.