No texto da Resolução nº 68/32 da Assembleia Geral das Nações Unidas, pode ler-se: “Declara o 26 de Setembro Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares dedicado à promoção deste objectivo, incluindo através do aumento da consciência e do conhecimento do público sobre a ameaça que representam para a humanidade as armas nucleares a necessidade da sua eliminação total, a fim de mobilizar esforços
internacionais para alcançar o objectivo comum de um mundo livre de armas nucleares”.
Segundo a ONU, existem actualmente no mundo quase 13 mil armas nucleares, que constituem indubitavelmente a maior ameaça à Humanidade e à própria vida no planeta.
Desde o horror do criminoso lançamento pelos Estados Unidos da América de duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaqui, em 6 e 9 de Agosto de 1945, que mataram ou feriram gravemente centenas de milhares de pessoas, num mar de fogo e radiação, muitas tentativas existiram, designadamente no âmbito da ONU, para pôr cobro à corrida aos armamentos, particularmente nucleares.
Desde os anos 90 do século passado, ao invés de se evoluir para o desanuviamento e para o desarmamento nuclear com a extinção dos blocos militares (extinguiu-se o Pacto de Varsóvia mas não a NATO), o que ocorreu foi o sucessivo alargamento e reforço da NATO, sempre mais próximo da Rússia, e o aumento das despesas militares e da corrida armamentista, com largo destaque para os Estados Unidos da América e a NATO que, no seu conjunto, representam mais de metade do total das despesas militares ao nível mundial.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) assinala que foi há 60 anos, em Agosto de 1961, que os EUA iniciaram a sua cruel e miserável campanha de utilização massiva de armas químicas contra o Vietname.
Dos vários desfoliantes e herbicidas com que os EUA procuraram destruir a floresta vietnamita, o Agente Laranja ficou conhecido pelos efeitos particularmente nocivos e prolongados para a saúde humana – causando várias formas de cancro e malformações até ao presente – e no ambiente.
Passadas seis décadas, os EUA continuam sem reconhecer a sua responsabilidade pelos milhões de vítimas que foram expostos pelos norte-americanos a estes químicos tóxicos, e pelas vastas áreas de território vietnamita ainda hoje contaminadas.
Expressando, uma vez mais, a sua solidariedade para com as vítimas do Agente Laranja, com o povo vietnamita e o Comité de Paz do Vietname, o CPPC não esquece este crime dos EUA, para que nunca mais se repita, e exige que os EUA reconheçam a sua responsabilidade para com as vítimas, nomeadamente através da compensação pelos danos causados.