O Parlamento Europeu atribuiu o prémio Sakharov aos sectores que têm protagonizado a violência golpista na Venezuela e que são responsáveis por dezenas de vitimas entre a população venezuelana.
Significativamente, um dos laureados é Leopoldo López. Recorde-se que Leopoldo López foi condenado por desvio de dinheiro da empresa estatal de petróleo da Venezuela e do Município de Chacao, que dirigiu entre 2000 e 2008. Foi Leopoldo López que encabeçou a manifestação contra o Palácio de Miraflores, que originou dezenas de mortos e que serviu de pretexto para desencadear o golpe de Estado que, em 2002, afastou por 3 dias o Presidente Hugo Chávez. Leopoldo López foi igualmente um dos principais instigadores das acções de violência em 2014, que incluíram as barricadas conhecidas como “guarimbas”, das quais resultaram 43 mortos. É na sequência da sua responsabilidade perante esta acção terrorista que Leopoldo López foi condenado a 13 anos de prisão em 2015.
Mas Leopoldo López é apenas um exemplo de como sectores da denominada oposição venezuelana não têm olhado a meios para atingir os seus fins. Recordemos as acções de violência terrorista que assolaram diferentes pontos da Venezuela nos primeiros meses deste ano e a que a realização das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte naquele país veio pôr cobro. Acções em que conhecidas figuras da denominada oposição instigaram, promoveram e foram responsáveis pela criminosa acção de grupos terroristas, pelo boicote económico, o açambarcamento, a especulação de preços, a premeditada destruição de alimentos e de medicamentos, a destruição de centros de saúde e outras infra-estruturas públicas, por acções bombistas e assassinatos, que causaram mais de uma centena de mortos e muitas centenas de feridos.
O Parlamento Europeu, não se coibindo de premiar a violência assassina, utiliza o prémio Sakharov como arma política, continuando a sua campanha de ingerência e ataque ao legítimo Governo da Venezuela, à Venezuela e ao seu povo, procurando interromper e destruir o processo de avanços democráticos, económicos, sociais, políticos e culturais e de afirmação de vontade soberana e independência nacional iniciado em 1998.
Os resultados da eleição para a Assembleia Nacional Constituinte e das recentes eleições regionais na Venezuela confirmam a clara rejeição por parte da maioria do povo venezuelano da violência dos grupos armados golpistas, da descarada e inaceitável acção de ingerência e ameaças de intervenção dos EUA e do constante boicote económico e bloqueio financeiro que promove.
Estes resultados demonstram a vontade do povo venezuelano em continuar o caminho com vista ao futuro e não ao passado, ou seja, em defender e prosseguir o processo bolivariano, encontrando e construindo as soluções que vençam os ataques e as ameaças de que a Venezuela têm sido alvo , avançando no caminho de desenvolvimento soberano, de melhoria das condições de vida, de paz e cooperação com todos os povos do mundo.
O CPPC reafirma a sua solidariedade para com o povo venezuelano e com a comunidade portuguesa na Venezuela, em prol da defesa dos seus direitos e rejeitando a agressão política, económica, mediática e diplomática movida contra a República Bolivariana da Venezuela.
Direcção Nacional do CPPC