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Celebra-se hoje, 30 de Janeiro, o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz, criado por iniciativa do poeta, pedagogo e pacifista espanhol Llorenç Vidal. Desde 1964 que a celebração deste dia pretende sensibilizar políticos, governantes, pais, educadores, professores e jovens para a necessidade de uma educação permanente pela não-violência e pela paz.

A comemoração deste dia vai de encontro ao espírito do Preâmbulo da Constituição da UNESCO, que consagra a necessidade de educar para a solidariedade e para o respeito pelos outros, porque «uma vez que as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que deve edificar-se a paz». A escolha do dia, longe de ser um acaso, recaiu na data do assassinato de Mahatma Ghandi, dirigente político indiano, intransigente defensor da paz, da não violência, da justiça e da tolerância entre os povos.

Quatro décadas após a Revolução de Abril e mais de um século após o desencadear da Primeira Guerra Mundial, vive-se hoje um momento complexo e difícil, marcado pelo aumento de conflitos e guerras, que podem conduzir levar a uma situação de consequências imprevisíveis e dimensão planetária.

Associando-se a este dia, o Conselho Português para a Paz e cooperação reafirma a actualidade e premência de lutar pela paz. É preciso denunciar e combater as injustiças e todas as formas de opressão infligida aos povos; urge continuar a exigir a resolução pacífica dos conflitos internacionais, princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas.

A educação para a Paz deve, por isso, merecer o empenho de todos.