Milhares de pessoas concentraram-se ao final da tarde de quarta-feira, 11 de outubro, para exigir paz no Médio Oriente e liberdade para a Palestina – que implica o fim da ocupação israelita e a criação de um Estado palestiniano soberano, independente e viável nas fronteiras anteriores a junho de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.
Em pancartas e cartazes estavam inscritas as exigências capazes de resolver definitivamente aquele grave problema que se arrasta há décadas:
“fim da ocupação”, “paz no Médio Oriente”, “Palestina livre e independente”, “não à escalada de guerra”, «fim ao bloqueio a Gaza”, “fim ao apartheid”.
Nas várias intervenções, a cargos dos representantes de cada uma das organizações promotoras - Ilda Figueiredo, do CPPC; Carlos Almeida, do MPPM; e Dinis Lourenço, da CGTP-IN (a apresentação ficou a cargo de José Pinho, da associação juvenil Projeto Ruído) –, lembrou-se que a violência naquela região do mundo não começou no passado sábado e que os palestinianos não são os carrascos, mas as vítimas: a ocupação, que se arrasta há décadas, provocou milhares de mortos, feridos e presos, milhões de refugiados e um dia-a-dia marcado pela violência, a humilhação e a segregação.
Para pôr um fim definitivo à violência, e para que não morram mais inocentes – palestinianos ou israelitas – é preciso cumprir com as resoluções das Nações Unidas, desrespeitadas umas atrás das outras por Israel (com o apoio dos EUA e da UE), que apontam para uma solução política, para o fim da ocupação, a libertação dos presos, o fim dos colonatos, dos postos de controlo, do muro de separação e do cerco a Gaza e para a criação do Estado da Palestina.