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O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) saúda o cessar-fogo acordado entre a resistência palestiniana e Israel que, embora com carácter limitado, representa um alívio no sofrimento do povo palestiniano causado pela brutal agressão israelita e pelo que este possibilita de acesso à urgente ajuda humanitária por parte da população palestiniana da Faixa de Gaza, em que se contam milhares e milhares de crianças.

No entanto, o acordo não apaga que ao longo dos últimos 15 meses, Israel assassinou cerca de 50 mil palestinianos e feriu mais de 100 mil, existindo mais de 10 mil desaparecidos, entre os quais milhares de crianças; destruiu o sistema de saúde da Faixa de Gaza e a generalidade das infraestruturas, arrasou bairros, abrigos e outras instalações das Nações Unidas, escolas, edifícios religiosos, impediu a entrada de ajuda humanitária (medicamentos, equipamento médico, alimentos, combustíveis).

Este acordo, ainda que limitado, é resultado da heroica resistência do povo palestiniano e da ampla solidariedade que se desenvolveu por todo o mundo, incluindo em Portugal, contra os crimes de Israel, cometidos com o apoio cúmplice dos EUA, do Reino Unido, da União Europeia e da NATO.

São muitos milhões os que exigem o fim do genocídio, a concretização dos direitos nacionais do povo palestiniano consagrados em múltiplas resoluções das Nações Unidas e há décadas consecutivamente desrespeitados, a paz no Médio Oriente.

É essa solidariedade que terá de continuar, para que o cessar-fogo seja permanente, para que a ajuda humanitária não cesse de fluir, para que Israel deixe de atacar a Cisjordânia e Jerusalém Leste, para que as tropas israelitas efetivamente retirem totalmente da Faixa de Gaza, para que as infraestruturas sejam reconstruídas naquele martirizado território palestiniano, para que os prisioneiros israelitas e palestinianos sejam libertados.

Como o CPPC sempre afirmou, e hoje reafirma, uma paz justa e duradoura só será possível quando for criado o Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967, com capital em Jerusalém Oriental e o respeito pelo direito de retorno dos refugiados palestinianos – o que passa pelo fim da ocupação e opressão, das prisões arbitrárias, das expulsões das populações e famílias palestinianas das suas casas e terras, dos colonatos, dos postos de controlo militar e do Muro de Separação.

Continuemos a solidariedade com o povo palestiniano e a afirmar a exigência:
Cessar-fogo permanente!
Pleno e incondicional acesso à ajuda humanitária!
Criação do Estado da Palestina!

A Direção Nacional do CPPC

21-01-2025