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bombardeamento norte americano a siria e ilegal e constitui um novo ato de agressao dos eua no medio oriente 1 20210301 1797785346
 
O Conselho Português para a Paz e Cooperação condena os bombardeamentos norte-americanos efetuados dia 25 de fevereiro sobre território sírio, que constituem mais um ato de agressão contra aquele país e uma nova violação do Direito Internacional.
Esta ação militar decidida pela nova administração norte-americana afronta de forma flagrante a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, demonstrando na prática o que sucessivas declarações já permitiam adivinhar: em política externa, os objetivos da administração Biden não divergem daqueles que nortearam a atuação das suas antecessoras.
O que estes ataques parecem confirmar é a intenção dos EUA em prosseguirem com a ocupação ilegal de territórios do norte e sul da Síria e com a política de ingerência e agressão que marca há décadas a sua presença na no Médio Oriente.
Tendo presente o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani pelos EUA, há pouco mais de um ano, o bombardeamento da passada quinta-feira terá visado forças que resistem à política de agressão e ocupação norte-americana no Médio Oriente, nomeadamente no Iraque, e aos grupos terroristas da AlQaeda e do Daesh.
Como o CPPC tem reiteradamente afirmado, a Síria resiste a uma agressão externa encapotada, com os grupos terroristas a assumirem-se como testas de ferro da estratégia de guerra dos EUA e seus aliados, que desde o primeiro momento os treinam, armam e financiam, como amplamente tem sido denunciado.
Para o CPPC, só o fim da agressão à Síria e a retirada das forças militares que ocupam ilegalmente território sírio servem a causa da paz e da segurança internacional e respeitam os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas. A Síria, como qualquer país do mundo, tem direito à paz, à soberania, à independência, à integridade territorial, ao desenvolvimento, ao progresso social.
Das autoridades portuguesas, o CPPC exige uma posição firme em defesa dos princípios inscritos no artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa, como a independência nacional, o respeito dos direitos dos povos, a igualdade entre os Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais ou a não ingerência nos assuntos internos dos Estados. O que exige a expressão pública do repúdio por mais esta agressão e invalida qualquer apoio – por ação ou omissão – à estratégia de desestabilização e de guerra que os EUA implementam no Médio Oriente, administração após administração.
O CPPC apela a todos os amantes da paz que repudiem a guerra contra os povos do Médio Oriente, exigindo o respeito pela Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional.
A Direção Nacional do CPPC
27.02.2021