Outras Notícias

Face às sucessivas tragédias que se continuam a verificar quase diariamente no Mediterrâneo, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) expressa o seu pesar e indignação pela morte de mais de mil pessoas só nos mais recentes naufrágios, o que surge na sequência de muitos milhares de mortes naquelas águas transformadas em autêntico cemitério daqueles, homens, mulheres e crianças, que fogem da guerra, da fome e da pobreza extrema.

Recorde-se que há causas e responsáveis por esta grave situação. Desde logo, as constantes ingerências e guerras de potências ocidentais contra diversos países de África e Médio Oriente que lançaram o terror e o caos nalgumas zonas e obrigaram as populações a fugir. Mas também a política de imigração da União Europeia, a falta de apoio aos povos em fuga da fome e da pobreza extrema naquelas regiões de África e do Médio Oriente onde se sucedem os bombardeamentos, os conflitos e se mantêm graves ingerências e situações de autêntico neocolonialismo, que contribuem para as tragédias que se estão a viver no Mediterrâneo.

O CPPC ao denunciar as verdadeiras causa da situação exige dos seus reais responsáveis, especialmente dos governos dos países na União Europeia, nomeadamente o português, a assumpção plena das suas responsabilidades, uma mudança de política e não meras declarações que não são mais que lágrimas de crocodilo perante tanto sofrimento.

O CPPC reafirma que prosseguirá o seu activo empenhamento na luta pelo fim das guerras de agressão, ingerências e conflitos, contra o colonialismo e o neocolonialismo, pela paz na região mediterrânica, por políticas migratórias e de asilo que sejam respeitadoras da vida e dignidade humanas, solidárias e de progresso social, pelo respeito do direito dos povos a decidir dos seus destinos.

Direcção Nacional do CPPC
21 de Abril de 2015