O Conselho Português para a Paz e Cooperação participou em duas importantes iniciativas realizadas na República Árabe da Síria: a reunião do Comité Executivo do Conselho Mundial da Paz (CMP), nos dias 27 e 28 de Outubro, e numa missão internacional de solidariedade com o povo e a juventude sírios promovida, entre 29 e 31, pelo Conselho Mundial da Paz e a Federação Mundial da Juventude Democrática.
Na reunião do Comité Executivo do CMP, em que participaram 56 delegados em representação de 29 organizações de 28 países, foi aprovado um comunicado no qual se expressa «profunda solidariedade ao povo sírio, que há mais de sete anos enfrenta uma agressão coordenada e sem precedentes dos EUA, NATO, União Europeia e os seus aliados regionais, utilizando os vários grupos terroristas mercenários como instrumentos dos seus planos de controlo da região».
Expressando a sua satisfação pela derrota do chamado ‘Estado Islâmico’ e de outros grupos fundamentalistas às mãos do povo sírio, seu exército e liderança, o Comité Executivo do CMP manifesta-se preocupado pela situação vivida nos territórios do norte do país, ocupados pela Turquia e com forte presença militar dos EUA e outros países da NATO. O Conselho Mundial da Paz, reafirma-se, «apoia a integridade e unidade territoriais da Síria e opõe-se a qualquer tentativa de dividir ou desmembrar o país, denunciando a continuada ingerência imperialista nos assuntos internos sírios».
Na Missão de Solidariedade participaram 92 pessoas, em representação de 55 organizações de 37 países. Entre as iniciativas realizadas destacam-se uma conferência internacional na Universidade de Damasco, com a participação de 400 estudantes sírios, e diversas reuniões e encontros com personalidades do país, entre os quais o presidente da Assembleia Popular, Hammouda Sabbagh, e o presidente da República Bashar al-Assad. Do programa da missão constaram ainda visitas a vários locais em que a guerra ser fez sentir de modo particular.
Na resolução final da Missão, saúda-se o «valente povo, a juventude e os estudantes da Síria», manifesta-se solidariedade perante o «sofrimento e dificuldades» verificados durante os sete anos de agressão e garante-se o «compromisso com a luta do povo sírio até à sua vitória final e completa». A resolução termina com a convicção de que o «exemplo do heróico povo sírio mostra claramente que não importa quão forte e poderoso possa parecer e agir o inimigo imperialista, ele não é invencível». O povo sírio e sua luta constituem, assim, um «exemplo e fonte de inspiração para os povos lutando pelas suas justas causas, por um mundo de paz e justiça social, livre da dominação imperialista e da exploração».