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No dia 15 de abril realizou-se, no Porto, junto à Casa da Música, a participada iniciativa pública “Sim à Paz! Contra a guerra, as sanções e bloqueios”, onde, por diversas vezes, muitas vozes se uniram para proclamar “Sim à Paz! Não à guerra” e manifestar a solidariedade a diversos povos e países a sofrer as graves consequências dessas ilegais, injustas e inadmissíveis políticas, destacando-se Cuba, Palestina, Síria e Sara Ocidental.
Com uma significativa participação de jovens, incluindo a apresentadora Maria Inês Costa, ali se afirmou a defesa da paz, da amizade e da solidariedade entre os povos, dizendo não à guerra, aos bloqueios e às sanções, afirmando os valores da solidariedade e condenando as agressões que, em pleno contexto pandémico, continuam, confirmando que a última preocupação dos agressores – nomeadamente os Estados Unidos da América e os seus aliados- é para com os povos, a sua soberania, os seus direitos, o seu bem-estar.
Nas diversas intervenções foi rejeitada a política de ingerência, sanções e bloqueios e condenada a escalada militarista dos EUA, da NATO, da União Europeia e seus aliados dadas as suas consequências trágicas de intervenções à margem dos princípios da Carta da ONU e do Direito Internacional, como se viu nas agressões militares à Jugoslávia, ao Iraque, à Líbia, à Síria ou ao Iemén com todo o horror de mortes, destruição de países, fuga desesperada de milhões de refugiados a tragédia que continuam a viver.
A questão sanitária foi também abordada salientando-se que é só mais uma vez que os países ocidentais garantem os seus interesses e os das multinacionais farmacêuticas no que toca às vacinas, pondo em causa os direitos dos países e povos de economias mais frágeis. Por isso se salientou que é nestes momentos que devemos pôr os olhos no exemplo e manifestar a solidariedade e amizade àqueles que corajosa e condignamente se recusam a vergar e ousam resistir perante a agressão.
Como a Síria, que há mais de dez anos que resiste a uma guerra provocada pelos EUA e seus aliados, dando sequência às guerras criminosas pelas quais têm sido responsáveis no Médio Oriente nas últimas décadas.
Dos que ousam não se vergar, como a Palestina, que tem sofrido das mais prolongadas e violentas agressões e todo o tipo de humilhações, e que vê diariamente os seus filhos serem levados como prisioneiros da criminosa política de ocupação e opressão de Israel.
Dos que ousam, como a Venezuela Bolivariana, resistir a bloqueios ilegais ao mesmo tempo que, apesar da sua débil situação económica resultante da ingerência e agressão dos EUA, continua a prestar auxílio a outros países como o Brasil, dando um exemplo magnânimo de solidariedade entre povos.
Solidariedade e amizade merece também o povo cubano, cuja inspiradora revolução continua a dar enormes exemplos de grandeza, solidariedade e humanismo. Enquanto países na União Europeia se fechavam sobre si mesmos, afirmando a política do “cada um por si”, Cuba enviava brigadas de médicos para os países onde eram mais necessários. Solidariedade essa que foi a que se chegou à frente em vez da tão falada solidariedade europeia que, precisamente quando era mais necessária, se demonstrou inexistente.
Solidariedade que foi também manifestada ao povo do Saara Ocidental e sua legítima representante Frente Polisário, que luta contra a agressão e o colonialismo de Marrocos.
Por último, afirmou-se que, no ano em a Constituição da República Portuguesa e o seu projeto de paz comemoram o 45º aniversário, urge reivindicar junto das autoridades portuguesas que a Constituição seja cumprida, e que o Governo português realize uma política que pugne pela solução pacífica dos conflitos internacionais, pela não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados, pela cooperação com os outros povos, a paz e o desarmamento, a soberania e independência nacional – e não uma política determinado pelos interesses dos EUA, da NATO e da UE. Exigiu-se também o reconhecimento do Estado da Palestina, a assinatura e ratificação do Tratado de proibição de Armas Nucleares e a dissolução dos blocos político-militares.
Seguiu-se o convite para a iniciativa político-cultural que celebra os 45 anos da Constituição da República Portuguesa, que se vai realizar no próximo dia 20 de abril, pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto. E afirmou-se a importância do Encontro pela Paz, que se irá realizar no 5 dia de junho, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, que será um momento maior para a defesa da paz e da cooperação e culminará num desfile que irá percorrer as ruas de Setúbal, afirmando a paz e a amizade entre os povos como valores maiores.
Como sempre, reafirmou-se que, pela paz, todos não somos demais.