Decorreu no Porto, na Praceta da Palestina, no dia 17 de Junho, um Acto Público de Solidariedade com a Palestina e contra a ocupação israelita, promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação e pela USP/CGTP-IN onde se denunciou a grave situação do povo palestino por causa da ocupação ilegal do seu território pelas forças de Israel e a tentativa já anunciada pelo actual governo israelita de proceder a uma nova anexação do território palestino no próximo dia 1 de Julho, constituindo nova ameaça à paz no Médio Oriente.
Na iniciativa, que foi apresentada por Alexandre Silva, intervieram o sindicalista Tiago Oliveira, coordenador da USP/CGTP-In, o escritor e professor José António Gomes, da direcção do MPPM, a jovem estudante universitária Maria Inês Costa, a jovem palestina a estudar na Universidade do Porto, Nur Rabah Latif e Ilda Figueiredo, presidente da DN do CPPC.
Nas diversas intervenções foi denunciada e condenada a ocupação por Israel dos territórios palestinos, a situação dos presos palestinos e dos colonatos bem como a cumplicidade do governo norte-americano, através dos seus posicionamentos ilegais, designadamente o chamado «Acordo do Século», um arranjo entre a Administração dos EUA/Donald Trump e os mais reaccionários interesses sionistas, a tentativa de «reconhecimento» de Jerusalém como capital de Israel e da «legalização» dos colonatos construídos nos territórios palestinos ocupados em 1967.
Foi igualmente reafirmada a solidariedade ao povo da Palestina e às suas forças patrióticas na luta por uma solução que respeite os seus direitos, consagrando a criação de um Estado da Palestina soberano, independente e viável nas fronteiras anteriores a Junho de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, reconhecendo o direito de regresso dos refugiados nos termos da resolução 194 das Nações Unidas, o que exige o fim da ocupação, o fim do cerco a Gaza, o desmantelamento dos colonatos e do muro de separação, a libertação dos presos políticos palestinos das cadeias de Israel, dado que a sua imediata libertação tornou-se ainda mais urgente, num momento em que as suas vidas estão em risco devido à Covid-19.
Foi também exigida das autoridades portuguesas, em consonância com os princípios da Constituição da República Portuguesa e do direito internacional, uma acção determinada em defesa dos direitos do povo palestino, nomeadamente reconhecendo o Estado da Palestina.
Durante a iniciativa foram distribuídos centenas de documentos à população a exigir liberdade para a Palestina e o fim da ocupação israelita.