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solidariedade com o povo palestino fim a ocupacao e aos crimes de israel intervencao do cppc 3 20211130 1304548888

Estimados amigas, amigos,
Saímos hoje e uma vez mais à rua em solidariedade com a Palestina, para exigir o fim da agressão, da violência e das humilhações infligidas por Israel ao povo palestino – numa palavra, para exigir o fim da ocupação.
Neste dia 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, é necessário reafirmar o direito do povo palestino a um Estado independente, viável e soberano, como vinculado neste mesmo dia, em 1947, numa resolução aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Hoje, volvidas mais de sete décadas desde esta decisão, a existência de um Estado da Palestina continua a ser impedida e negada por Israel através da força da armas, da agressão, da opressão, da ocupação.
Esta ocupação ilegal por parte de Israel tem condenado o povo palestino a viver sob um autêntico regime de apartheid, como um povo a quem são negados os seus direitos na sua própria terra, a quem são impostas as mais variadas formas de humilhações e violências, que marcam de forma brutal o dia-a-dia de gerações de palestinos.
Na Faixa de Gaza, as condições são as de uma prisão a céu aberto, cruelmente bombardeada por Israel a seu belo prazer, fazendo de hospitais, escolas e casas alvos dos seus ataques. Em Jerusalém e na Cisjordânia, a expansão de colonatos, o Muro, os postos de controlo militares, as expulsões e ocupações de casas, o roubo de terras agrícolas, as prisões arbitrárias e as mais variadas e brutais formas de segregação são expressões quotidianas desta violência cometida contra um povo que teima em resistir e que não desiste daqueles que são os seus direitos nacionais.
Tudo isto com a cumplicidade das potências ocidentais, das sucessivas administrações dos Estados Unidos da América, incluindo a de Biden, e da União Europeia, que compactuam com a política sionista, colonialista, xenófoba do Estado de Israel, colocando cinicamente em pé de igualdade agressor e agredido, opressor e oprimido, ocupante e ocupado – mas na verdade em favor do primeiro.
A conivência dos Estados Unidos da América com os crimes de Israel é tal que lhe permite o bombardeamento de edifícios onde estão sediadas agências de comunicação social, procurando assim abafar a verdade sobre os crimes de Israel contra a população palestina, sem que haja qualquer relevante denúncia e condenação por parte da comunicação social dominante.
A agressão, a desestabilização, a ingerência continuam a ser vetores essenciais da política norte-americana e dos seus aliados contra países e povos do Médio Oriente, política de agressão que tem no Estado de Israel um instrumento fundamental.
E rejeitamos essa ‘conversa’ que alguns procuram propagar através dos meios de comunicação social, de apresentar uma ocupação e agressão, como se tratasse de um ‘conflito’ entre partes igualmente responsáveis, como acontece sempre que é retratada a situação na Palestina.
Enfrentado uma imensa desproporção de meios, o heroico povo palestino resiste e mantém viva a sua justa causa nacional, demonstrando uma inabalável firmeza na defesa da sua pátria, apesar de muitos milhares de palestinos terem, há muito, sido expulsos das suas casas e terras. O sonho de um Estado palestino livre, independente e viável vive na resistência e luta do seu povo.
E nós estamos aqui, uma vez mais, as vezes que forem necessárias, em solidariedade com o povo palestino para afirmar que a paz na Palestina e no Médio Oriente só será possível com a concretização do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a junho de 1967, e com capital em Jerusalém Oriental, e o respeito do direito de regresso dos refugiados palestinos, como consagrado no direito internacional, incluindo em inúmeras resoluções das Nações Unidas, assim como com a libertação de todos os prisioneiros palestinos encarcerados nas prisões israelitas. Como nós estão muitos outros, em todo o mundo, e também em Israel.
Do Governo português exige-se que atue consentaneamente com a Constituição da República Portuguesa na rejeição e condenação do colonialismo e na defesa do direito dos povos à autodeterminação, fazendo uma opção clara pela paz e a soberania, condenando Israel pelos seus crimes e exigindo o fim da ocupação, reconhecendo o Estado da Palestina e apoiando os inalienáveis direitos nacionais do povo palestino.
Palestina Vencerá!