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Por Sérgio Ribeiro, membro da Presidência do CPPC

Numa festa muito bonita de uma escola de dança cá do burgo, com que se fechava o ano lectivo e se mostrava o trabalho feito, merecedor de todos os encómios pela cultura e pedagogia que nos transmitia, de repente um sobressalto – diria “como uma bomba”… e logo se verá porquê.
No fundo do palco onde decorria o belo espectáculo de crianças e jovens a dançar contra a guerra, a festejar a PAZ, num enorme vídeo, em Paris, Londres, Nova Iorque, beijavam-se soldados que tinham trazido a PAZ à Europa, via-se uma estátua, drapejava uma bandeira. Os soldados vestiam fardas do exército norte-americano, a estátua era “da Liberdade”, a única bandeira (que só eu terei visto) era dos Estados Unidos.
Ao voltar a casa rompeu a catarse em grito/escrito, de que aproveito um trecho para o testemunho a que o CPPC me convoca:
«(…)
Os aviões dos Estados Unidos que vieram ”salvar a Europa”
chegaram a aterrar ou foram logo
logo logo “ajudar” Hiroshima e Nagasaqui*?
(…)
Não!, não quero uma versão parcial da História.
Quero-a com um mínimo de verdade!
A bandeira dos Estados Unidos estava a mais?
Não!, havia era outras a menos!
Ou nenhuma ou algumas…
(… aliás aliadas contra a barbárie vestida de suástica)
Nunca só aquela. Visível e subliminar!»

Malhas que o imperioalismo tece…
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*- “os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki (…).. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação.. (Wikipédia)