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O Secretariado do Conselho Mundial da Paz (CMP) divulgou neste domingo (7) uma nota de solidariedade aos prisioneiros políticos palestinos em greve de fome desde 17 de abril. Já são mais de 1.500 palestinos e palestinas aderindo ao protesto desde as prisões israelitas e a manifestação tem mobilizado o apoio internacional.

Declaração do Conselho Mundial da Paz exigindo a libertação de todos os prisioneiros políticos palestinos das prisões israelitass

O CMP expressa sua séria preocupação sobre a ofensiva acelerada do regime de ocupação israelita na Palestina, com a continuação da colonização na Cisjordânia, as prisões e perseguição dos palestinos, até mesmo crianças, e a retórica e esforços pela judaização de Israel, assim como o impasse das negociações pela solução do problema palestino por causa do lado israelita, que recebe apoio completo dos EUA e da União Europeia.

Além de tudo acima, o Estado de Israel mantém mais de 6.500 prisioneiros palestinos, entre eles crianças, mulheres, parlamentares, ativistas, jornalistas, defensores dos direitos humanos, académicos, personalidades políticas, militantes, testemunhas e parentes dos prisioneiros. Nas últimas semanas, uma greve de fome de várias centenas desses prisioneiros foi iniciada e continua em vigor.

O CMP exige a libertação de todos os prisioneiros políticos palestinos dos cárceres israelitas e expressa sua solidariedade com sua justa causa.

A luta do povo palestino por seus direitos inalienáveis a um Estado independente e viável dentro das fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967 com Jerusalém Oriental como sua capital, assim como pela libertação dos prisioneiros políticos e o direito ao retorno de todos os refugiados palestinos (conforme expresso na resolução 194 da ONU) merece e exige nosso completo apoio e solidariedade.

Expressamos, ao mesmo tempo, nossa solidariedade às forças consequentes e amantes da paz dentro de Israel, que lutam contra a ocupação por um regime reacionário e contra a discriminação na forma de “apartheid” contra os cidadãos de origem árabe.

Como CMP, denunciamos os padrões duplos e políticas ambíguas da UE e da maioria de seus governos, que não reconhecem a Palestina como um Estado independente nem emitem resoluções ou anseios, enquanto são cúmplices dos crimes contra o povo palestino.

Secretariado do CMP
7 de maio de 2017